domingo, 21 de agosto de 2011

O poder do julgamento

Julga!
Pois com a mesma severidade com que julgas,
Serás julgado sem misericórdia.
Por isso, quando julgares,
Julga com sabedoria,
Meça o que dirás e o que pensarás,
Não se equivoque
Antes de saber o que julgas,
Pois o julgamente prévio,
Não dá ao acusado
O tempo, e o direito de se defender.
Julgar não é pecado, todos, todo tempo,
são julgados ou julgam
O problema é, sem sobra de dúvida,
A consequência do teu julgamento...

sábado, 13 de agosto de 2011

Arranha-céu

Joguei-me da janela de um arranha-céu
Enquanto caía, revi minha curta vida
Passar diante dos meus olhos

No mesmo instante quis voltar,
vi que, a queda de morte iminente,
não valia mais a pena
era jovem, tinha muito a viver...

Mas já era tarde,
Tinha mais uns míseros quinze segundos de vida
E durante todo o resto do caminho pra morte
Desejei a vida intensamente
Assim como desejei estar ao lado de quem amo
Nem que fosse por aqueles breves quinze segundos
Já me daria por satisfeito...

O chão cada vez mais próximo
Só a fé me restava, com apenas mais dois segundos
De uma vida curta, sem rumo
Um baque surdo no chão,
O sangue escorrendo de minhas veias
Para fora do meu corpo, daquela carcaça que,
A vinte segundos atrás,
Havia se jogado do topo do arranha-céu
Mas, como num passe de mágica
Abri meus olhos,
Com o sol vindo diretamente no meu rosto
Pelo pequeno vão entre as cortinas...

Guerreiros

Guerreiros!
Da guerra, da vida, do cotidiano
Nem sempre são as rochas sólidas que aparentam,
Nem sempre o pranto se mantém escondido
Atrás dos olhos furiosos do guerreiro

Sentinelas choram, gladiadores choram
Samurais choram, guerreiros choram

Choram de medo de morrerem sozinhos,
Abandonados na guerra...
Choram de medo de perder a mulher que amam,
Os filhos que amam, a vida que amam...
Afinal, atrás do muro sólido de suas couraças
Há um coração que ama, que sofre, que sente,
Todas as emoções que ali couberem...

Sentinelas choram, gladiadores choram
Samurais choram, homens choram
Mas depois do pranto rolar até o solo sombrio
Dessa vida de fúria, sangue e morte,
O homem por trás da couraça se levanta,
Ergue a cabeça e segue em frente;
Isto que torna o homem que chora,
O homem por trás do sólido muro,
Um distinto e grande guerreiro...