quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Mundo irreal (ou não)

Quando os olhos se cerram
A mente trabalha, cria
Das coisas mais fantásticas
Até as viagens sem nexo

Nexo, conexão
Tudo se desliga ao dormir
Suas áreas cefálicas se confundem,
Dando nexo ao sem sentido

Mistura-se a lógica com a arte,
Memórias infantis dos dias atuais,
Cenas de filmes de terror,
Dentro dos quartos em nossas mentes.

Mas é dessa bagunça imagética
Que se formam portais,
Transporte para o outro lado do universo,
Para um mundo brilhantemente confuso...



sábado, 26 de janeiro de 2013

Palhaço

A alegria do palco,
O centro das atenções,
Sorriso largo e feições bojudas,
Fazendo a platéia de palhaça...

Mas não palhaça ignorante,
Mas com saudáveis pegadinhas,
Brincadeiras de criança jovem,
Que escondem um espírito velho...

Por debaixo do sorriso maquiado,
Escondem-se homens e mulheres,
Iguais aqueles que na platéia estão,
Que apenas querem diversão...

Pagam contas, trabalham, suam
Não são super-heróis,
Também sofrem, suportam
Como todo ser que vive...

Mas não há ninguém como o palhaço,
Que mesmo humano, tem a dádiva
Da alegria, do fazer rir,
Do espírito velho,
Que mesmo o corpo não querendo
Será sempre um velho espírito palhaço...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Velha amiga...


Sorrateira, sem hora pra aparecer,
Sem tempo pra aparecer,
Sem hora, seu tempo é inexistente,
Até mesmo infinito...

Pelas lâminas do aço
Ou pela mitose do supervírus,
É sempre a única certeza
De se ter na vida...

Acolhida como amiga, como irmã,
Como inimiga ou como um enigma...
Dificilmente aceita e interpretada,
Facilmente conhecida e reconhecida...

Várias faces do mesmo ser sem faces,
Vem sem tempo, sem hora pra chegar,
Sem nunca atrasar...

domingo, 6 de janeiro de 2013

TAO

O escuro lhe traz o silêncio
No silêncio, a paz necessária...
A paz de resolver uma guerra
De forças internas que nos habitam.

O escuro nos traz sombras e medo,
Medo da morte, medo do medo,
Medo de se sentir-se sozinho
O sozinho que lhe traz o silêncio...

A luz nos traz a vida,
Nos faz enxergar o que não vemos.
Naquele escuro que traz o medo,
Mas que traz também o silêncio

A luz gera sombras,
estas geram o escuro.
Escuro, o vulgo lado negro...
Como a luz maior que nos habita
Está num lugar tão interno...tão escuro?
Apenas silêncio...

E naquele símbolo retratado
No outro lado do mundo,
Vê-se um jogo de luz e sombras,
Luz e trevas, o despertar e o adormecer.

Duas coisas contraditórias contrastando,
Contrastando junto com o erro de crer que são contraditórias,
Pois é certo afinal que não se contradizem,
Mas sim, se complementam.

As idades e o tempo

Para cada idade um tempo:
De criança é infinito,
De jovem, longo e farto,
De adulto, inexistente,
De velho, um amigo,
Um velho amigo...
Que nunca muda,
Apenas com seu conteúdo,
Diversifica.